Os números das eleições na proporcional mostram que os alinhados com o projeto político oposicionista foram majoritariamente preferidos pela população guarabirense. Fazendo uma leitura fria dos números chegamos á conclusão inevitável que se acompanhar com Paulino não foi bom negócio nessas eleições.
Dos 15 vereadores eleitos para a casa Osório de Aquino 9 são da futura base governista e apenas 6 devem formar a futura bancada oposicionista. Dos seis vereadores que ultrapassaram a barreia dos mil votos, apenas um, Michelle Paulino (PMDB), que teve a mega estrutura do grupo João Rafael, está entre os ungidos. Os outros cinco são do futuro bloco governista.
Os números ainda revelam que a diferença entre os vereadores da futura base governista foi de 3.650 votos de lambuja. Os eleitos que se acompanharam com Paulino obtiveram 5.980 votos e os que se acompanharam com Toscano obtiveram 9.630 votos. A maioria folgada que Zenóbio terá na câmara a partir de janeiro do ano que vem é suficiente para aprovar os projetos necessários para ajustar a cidade a nova realidade que passará a vivenciar.
Como diz um amigo das antigas, esse povo está “dando azar até em jogo de castanha”. O pacato motorista da família Paulino foi içado para tentar uma cadeira na Câmara; a estrutura da prefeitura esteve á serviço de sua campanha, o deputado Raniery e o ex-governador Roberto Paulino foram ao guia eleitoral implorar por voto em Sebastião, mas mesmo assim o rapaz não conseguiu chegar lá.
As contas dos votos de vereador são fáceis de fechar. Difícil mesmo será fechar as contas da gasolina gasta na campanha, das possíveis dispensas de IPTU, ITBI; dos papeis de água, luz, telefone, carteira de habilitação, emplacamentos de carros e motos bancados pela “muda”. Essas contas vão ser pagas por alguém ou por todos nós. Mas isso são outros 500.