Por Jota Alves
Esta terça-feira (26), aniversário de 132 anos de emancipação política de Guarabira, foi de reencontros para entre amigas de longa data e aparição pública de que está ainda em fase de recuperação. As cenas foram registradas pelos smartphones durante eventos realizados na cidade.
Os encontros envolveram personagens da política de Guarabira, integrantes das famílias Paulino e Toscano, que governam a cidade desde os anos 70, interrompido apenas por um hiato de 4 anos, um mandato, quando Jáder Pimentel, de saudosa memória, governou nos anos 90.
Os encontros foram iniciados na residência do empresário Ivanildo Coutinho, num almoço festivo para celebrar homenagem que a Assembleia Legislativa prestara a Coutinho. Retornando aos poucos ao convívio dos guarabirenses, o prefeito Zenóbio Toscano (PSDB), afastado para cuidar da saúde, deu as caras e foi abraçado pelo deputado estadual Raniery Paulino (MDB). Mais tarde, na sessão itinerante da AL, Paulino fez menção honrosa a Toscano.
Aliás, Raniery pregou o fim do tensionamento entre as famílias e que essa coisa de Vasco e Flamengo que divide as pessoas está sendo desconstruído em Guarabira, numa clara sinalização de quem quer estender a mão, de passar uma borracha nas rusgas que foram criadas desde o rompimento, ainda nos anos 90.
O segundo encontro envolveu as ex-prefeitas Léa Toscano e Fátima Paulino, que eram amigas confidentes antes da política se encarregar de separá-las. Acompanhada da filha, Roberta, Fátima deu um abraço em Léa e conversaram por algum tempo. Foi tempo suficiente para registro fotográfico do encontro casual.
Léa e Fátima protagonizaram “a guerra das saias” na campanha de 2008 e Fátima levou a melhor, se reelegendo prefeita.
Não é normal, pelo menos em Guarabira, esses encontros. Os apaixonados dos dois lados juram que eles elas se odeiam, o que não é verdade. Embora falem que são apenas gestos de civilização, há sim pontinhas de saudade dos tempos em que militavam politicamente juntos.
É bom que a ralé conte até dez antes de chamar a terreiro o eleitor adversário porque vota contra o seu candidato. Se os caciques estão indicando possibilidade de fumar o “cachimbo da paz”, já passou da hora de a rafameia entender que enquanto aqui embaixo se estapeiam, lá em cima eles se confraternizam.
Jota Alves é radialista com passagens pelas rádios Constelação FM e Rural AM de Guarabira, Tabajara de João Pessoa e jornais Folha do Brejo e Jornal da Paraíba. Atualmente é editor e articulista político do Portal 25 Horas.
E-mail: jota25horas@gmail.com