O arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, que deve ser um dos próximos cardeais brasileiros, vai levar amanhã para Roma a camiseta da Jornada da Juventude.
Nela está inscrito: “Papa Francisco, o Brasil te espera de braços abertos.”
Dilma já devorou alguns textos do então cardeal Jorge Mario Bergoglio sobre justiça social.
Ela estará em Roma, terça, para a entronização do Papa Francisco.
Aliás, Dilma, se tivesse chance de fazer algum pedido ao Papa, reivindicaria a nomeação de mais cardeais para o Brasil.
No último conclave, Rio, Porto Alegre e Recife não tinham representantes.
Perfil humilde do papa Francisco se assemelha a Dom Hélder Câmara
O estilo humilde do papa Francisco, escolhido pelo conclave na última quarta-feira (13), pode ser considerado parecido com outro grande representante da Igreja Católica nascido na América Latina: o brasileiro Dom Hélder Câmara, conhecido no século XX por pregar a fé cristã e a caridade aos pobres. A possibilidade de um papado mais franciscano ficou evidente com as declarações do papa Jorge Mario Bergoglio, que afirmou desejar “uma igreja pobre, para os pobres”.
A declaração do papa Francisco muito se assemelha com os ideais do ex-arcebispo de Recife e Olinda Dom Hélder Câmara, que no final de sua vida, na década de 1990, lançou a campanha Ano 2000 Sem Miséria na Fundação Joaquim Nabuco. Dom Hélder não aceitava o grande número de pessoas vivendo na miséria dois mil anos depois do nascimento de Jesus Cristo.
Em 2007, o então Arcebispo de Buenos Aires e agora papa Francisco afirmou: “Vivemos na região mais desigual do mundo, a que mais cresceu e a que menos reduziu a miséria. A distribuição injusta de bens persiste, criando uma situação de pecado social que grita aos céus e limita as possibilidades de vida mais plena para muitos de nossos irmãos”. Essa linha de pensamento era a mesma de Dom Hélder Câmara quando ainda vivo.