Por Jota Alves
Não há outro sentimento para o paraibano diante dos desdobramentos da sétima fase da Operação Calvário a não ser o de perplexidade. É isso que estou sentindo neste exato momento.
Figuras públicas, tidas e havidas como decentes, honestas, cumpridoras dos seus deveres, sendo presas e encaminhadas às penitenciárias. Milhões de reais desviados da Saúde e da Educação, gravações comprovando o recebimento da propina.
Não é sem razão que a sociedade está incrédula com o segmento político. Não é criminalização da política, como alguns insistem em dizer, mas crimes praticados por políticos de todos os naipes, em todos os quadrantes.
Não há paralelo na história política da ‘Pequenina’ Paraíba que possa servir de parâmetro. Um ex-governador e seu núcleo duro do poder sendo postos atrás das grades. As audiências de custódia sendo transmitidas ao vivo mostraram o quão duro é se locupletar do dinheiro público e depois ter que prestar contas com à Justiça.
Vergonha. Foi isso que senti também como eleitor dessa gente que fui. Como ir à urna nas eleições do próximo ano com vontade de eleger o seu candidato? Vale a pena votar? Quem é o candidato que podemos confiar?
De fato, tem sido dias de Juízo Final.
Jota Alves é radialista com passagens pelas rádios Constelação FM e Rural AM de Guarabira, Tabajara de João Pessoa e jornais Folha do Brejo e Jornal da Paraíba. Atualmente é editor e articulista político do Portal 25 Horas.
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