Na tarde desta quinta-feira (8), a gerente regional da Cagepa no Brejo, Eulina Dantas Bezerra, participou de uma audiência pública na Câmara de Vereadores para tratar das constantes falta de água na cidade de Guarabira. Durante mais de uma hora, Eulina respondeu a perguntas de vereadores e expôs as razões da falta de água.
O vereador Beto Meireles (PDT), autor da propositura, quis saber por que áreas como o Conjunto Mutirão, zona rural, Bairro Novo, em suas partes mais altas existe a falta d’água. De acordo com a gerente o problema não é na estação de tratamento. “A ETA que temos hoje foi concebida para abastecer Guarabira e Cuitegi e depois passou a abastecer os municípios de Araçagi e Pilõezinhos. A demanda aumentou muito, principalmente nos períodos de estiagens, e a oferta de água é a mesma há mais de 30 anos”, argumentou Eulina.
Os parlamentares quiseram saber se existe a possibilidade de a cidade de Guarabira ter de se submeter a um racionamento de água ainda esse ano, como está ocorrendo em alguns municípios da região do Brejo. “A água que temos armazenada no reservatório de Tauá é suficiente para abastecer o sistema por mais de um ano pra frente e a possibilidade de racionamento em Guarabira não existe para esse ano. Devemos atravessar o período chuvoso no próximo ano e mais água será acumulada no manancial, se Deus quiser”, falou a gerente da Cagepa.
Sobre as últimas crises vivenciadas pela cidade a gerente considerou que foram tragédias. “Nós registramos que um conjunto de motor da Estação de Tratamento de Água quebrou, nós trabalhamos com dois conjuntos; mandamos para o conserto e quando foi colocado em operação a adutora de ferro fundido rompeu. Nossa equipe fez os reparos e logo o outro motor também arrebentou e na seqüência tivemos o apagão em todo Nordeste. Então foram tragédias que aconteceram e infelizmente ainda estamos sofrendo as conseqüências”, disse.
Eulina foi questionada quanto à conclusão das obras das obras da adutora de Araçagi que deve ser interligada ao sistema de Guarabira e resolver a longo prazo os problemas de água da cidade. “A nossa esperança é, sem dúvida, a conclusão dessa obra que está em execução e a empresa espera que a interligação do sistema deve ocorrer até o mês de agosto do próximo ano. Essa é a previsão da empresa. A gente sabe que no percurso pode acontecer algum imprevisto, mas trabalhamos na expectativa de que em agosto a obra esteja concluída”, revelou a gerente.
A responsável pela Cagepa na região foi questionada quanto à cobrança da fatura do usuário que ficou vários dias sem água nas torneiras. Segundo Eulina “a gerência comercial está à disposição para receber os usuários que tenham esse tipo de queixa. A nossa empresa trabalha com o critério de que quem comprovar ter ficado vinte dias sem o abastecimento pode requerer a isenção do pagamento da fatura”, garantiu Eulina.
Também estiveram presentes os técnicos da Cagepa, os subgerentes Gilzenaldo Paulino Nóbrega, Joás Pina, José André e Antônio Amaral.