Quem bate esquece. Quem apanha, não. A máxima vale para a relação dos irmãos Veneziano e Vital do Rêgo com o presidente da Assembleia Legislativa, Ricardo Marcelo. Há 4 meses, representando o então prefeito de Campina Grande, o senador Vital esteve em Belém, e, num discurso entusiasmado, pediu votos para Edgard Gama, candidato prefeito que se elegeu. Do outro lado estava Cris Barbosa, esposa de Ricardo Marcelo, candidata da Oposição. Até matéria a assessoria do senador divulgou em seu site, tamanha a importância que dava à campanha do PMDB local.
Agora, sem que a ferida tenha sarado, Veneziano, vivendo um processo de indiferença dentro e fora do PMDB, ‘arrastou asas’ para Ricardo Marcelo, oferecendo ao deputado indicar, pelo PEN, um cargo em sua chapa, isso se não quiser ele próprio ocupá-lo. O ex-prefeito fez de conta que não sabia ou havia esquecido da ajuda que deu para derrotar a esposa do presidente agora cortejado.
“Saio daqui lhe pedindo uma cosia, Edgard: que na noite do próximo dia sete, você me telefone, dizendo que foi eleito e será o futuro prefeito de Belém”, rasgou Vital em praça pública.
Eis, portanto, a espinha que os Vital atravessaram na garganta de Ricardo Marcelo. O silêncio dele pode ser o sinal de que continua lá.
Por celioalves às 11h00