Vereador Saulo de Biu se recusou a realizar eleição para presidente da Câmara de Vereadores de Guarabira na sessão desta quinta-feira (7). De acordo com o parlamentar o cargo vacante é o de vice-presidente e anunciou que realizará eleição para preencher o cargo na próxima terça-feira, dia 12.
“Com a renúncia de Lucas os senhores me deram posse, eu estou como presidente e dessa forma apenas o cargo de vice-presidente na Mesa Diretora está vago. Então digo aos senhores vereadores que na sessão da próxima terça-feira vamos realizar eleição para preencher o cargo de vice-presidente”, argumentou Saulo.
Saulo sugeriu que Inaldo fizesse aviãozinho ou bolinha de papel com o edital de convocação de eleição e Inaldo pediu respeito ao parlamento. Parlamentares que debateram o assunto disseram que Saulo agiu com truculência e lembraram ação similar à época da Ditadura.
“O senhora está agindo com muito truculência e até parece que estamos no regime da revolução com o presidente mandando e desmandando, sem respeitar a Mesa Diretora. Eu quero que o senhor respeite o parlamento e não trate com brincadeira essa Casa que que não descambe para algo pior. Apenas eu pedi que fosse colocado para o plenário decidir sobre a eleição ou não e o senhor se negou, não quer ouvir sequer o plenário”, questionou Inaldo Júnior.
O vereador Beto Meireles lamentou os gestos de truculência do atual presidente e disse que os vereadores merecem respeito. “Sempre me comportei respeitando a vossa excelência, procuro não admitir desrespeito do executivo que quebre a autonomia dessa Casa, mas infelizmente presidente, o senhor desrespeita a mim e ao vereador Inaldo quando diz que tentamos manobrar. Tudo foi feito de acordo com o Regimento Interno. Eu peço que o senhor respeite os membros da Mesa”, retrucou Meireles.
O advogado Teotônio Assunção disse que vai acionar a Justiça para garantir a eleição de presidente. O advogado considera que o mandato de Saulo expirou nesta quinta-feira e que a Câmara está hoje sem presidente. “No meu entender a Câmara está sem presidente porque o mandato de Saulo expirou quando na sessão de hoje a eleição não foi realizada. Respeitamos o parlamento e vamos acionar os meios jurídicos com muita tranquilidade e não temos dúvidas que muito e breve a Justiça irá determinar a realização da eleição, prevista no Regimento Interno”, assegurou Assunção.
