O namorado da administradora Renata Alves Costa, de 35 anos, suspeito do assassinato dela, confessou o crime durante depoimento e alegou que foi acidental, segundo o delegado Roberto Lôbo. O homem foi trazido para o Recife após ser preso em Natal, no Rio Grande do Norte, na terça (9).
Identificado por parentes da vítima como João Raimundo Vieira da Silva de Araújo, o suspeito prestou depoimento por cerca de três horas, nesta quarta-feira (10), na sede do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, Zona Oeste da capital.
O delegado Roberto Lôbo conversou com a imprensa, mas disse que não gravaria entrevista. Ele contou que João Raimundo “confessa parcialmente”, mas disse que houve um acidente. O delegado não deu detalhes de como teria se dado esse acidente.
Ainda de acordo com o investigador, os advogados entregaram a arma que teria sido utilizada no crime, uma pistola ponto 40. Além dessa, a polícia já havia apreendido outra pistola do mesmo calibre no apartamento de Renata.
Roberto Lôbo disse que o homem confessou ter duas armas ilegais e apresentou, também, através dos advogados, a arma utilizada para matar Renata. As duas eram calibre .40.
O suspeito foi preso no aeroporto de Natal, em uma operação da polícia pernambucana que contou com apoio da Polícia Federal. Não foi divulgado para qual cidade João Raimundo estava indo, mas fontes policiais relataram que ele tentava embarcar para São Paulo.
O crime aconteceu no sábado (6) dentro de um apartamento em Campo Grande, na Zona Norte do Recife. O corpo dela foi encontrado na tarde de domingo (7), com um tiro na testa. Desde então, a polícia passou informar que o namorado da vítima era o principal suspeito do crime.
O homem já tinha sido preso anteriormente por agredir a ex-esposa e balear dois funcionários de um hotel em Boa Viagem, na Zona Sul, em 2019, segundo parentes de Renata. O namorado da vítima, segundo informações da Justiça pernambucana, cumpria prisão domiciliar.
João Raimundo, que foi filmado no elevador com a vítima antes do crime, usava tornozeleira eletrônica por causa desse crime, mas rompeu o equipamento no sábado (6), dia em que a polícia acredita ter ocorrido o crime.
João Raimundo ficou preso entre dezembro de 2019, quando se entregou à polícia, e 30 de abril de 2020, quando a detenção foi transformada em prisão domiciliar.
O crime contra a ex-esposa, em 2019, aconteceu no Mar Hotel. Segundo a investigação da época, a arma que ele estava era da mãe, que teria somente posse do armamento e não poderia se deslocar com a pistola.
O delegado Roberto Lôbo afirmou que a arma apreendida nesta quarta-feira (10) é diferente da pistola utilizada em 2019
João Raimundo era concursado do Tribunal de Justiça daquele estado. Psicólogo, ele atuava no Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher da cidade de Guarabira.
Foi demitido em abril deste ano, mas recebia salário mensalmente até esse mês, segundo informações do Portal da Transparência do Tribunal de Justiça da Paraíba.
Fonte: g1pe