Ex-prefeito da cidade de Mari, Marcos Martins continua inelegível e não deve disputar as próximas eleições municipais e sequer poderá votar em 6 de outubro próximo.
Numa busca rápida feita no final da tarde de ontem (23), no site do Tribunal Superior Eleitoral, consta que o ex-prefeito foi condenado por improbidade administrativa, em 2020, e perdeu os direitos políticos.
A certidão aponta que Marcos “não está quite com a Justiça Eleitoral na presente data, em razão de SUSPENSÃO DE DIREITOS POLÍTICOS (IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA), não podendo exercer o voto ou regularizar sua situação eleitoral enquanto durar o impedimento”.
Em recente entrevista, o ex-prefeito disse o contrário e assegurou que goza dos direitos políticos e mantém sua pré-candidatura a prefeito, propagando para o público ouvinte uma fakenews.
Em março próximo passado, o ex-prefeito sofreu outra condenação, desta feita no âmbito da justiça comum, quando Martins teria forjado um procedimento administrativo disciplinar para prejudicar um servidor do município, durante sua gestão à frente do município de Mari. O servidor, segundo a sentença exarada pelo juiz da 3ª Vara da Comarca de Sapé, Processo nº 0802882-53.2022.8.15.0351, foi exonerado do cargo num processo administrativo forjado, baseado em documentos falsificados, conforme relatos de outros servidores que foram obrigados a participar da farsa armada pelo então prefeito de Mari.
“DIANTE DO EXPOSTO, com fulcro no art. 387, do CPP, JULGO PROCEDENTE a pretensão punitiva do Estado, para CONDENAR MARCOS AURÉLIO MARTINSDE PAIVA, pela prática do crime capitulado no art. 299, caput e parágrafo único, do CP, aplicando-lhe uma pena privativa de liberdade 02 anos e 06 (seis) meses de reclusão e 105 (cento e cinco) dias-multa, fixando o valor do dia-multa em um terço do salário-mínimo vigente na época dos fatos, fixando o regime inicial de cumprimento da pena o aberto, substituindo a referida pena corporal por duas restritivas de direito, consistentes em prestação de serviços à comunidade e prestação pecuniária, cujos contornos deverão ser definidos pelo juízo da execução penal”, destaca o juiz Renan do Valle Melo Marques, em sentença condenatória.
CENÁRIO
Além de Marcos, que já foi prefeito da cidade por três mandatos e quer voltar, existem mais quatro postulantes ao cargo máximo do município. A atual vice-prefeita, Lucinha da Saúde, o economista Clécio Sousa, que disputou as eleições municipais passadas, a ex-vice-prefeita Karina Melo, todos já testados nas urnas, e a ex-secretária de Saúde, Emanuelle Chaves, a única que ainda não disputou eleições.