Pelo menos 2 mil Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de várias regiões do Estado participaram, nesta quinta-feira (23), do “2º Grito da Terra e das Águas da Paraíba”. O evento promovido pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Paraíba (Fetag-PB) marcou as comemorações pelo Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural, que transcorre oficialmente no dia 25 de julho.
A mobilização aconteceu, a partir das 8h, na Rua Rodrigues de Aquino, em frente à sede da Fetag, onde o público composto por agricultores e agricultoras familiares e assalariados e assalariadas rurais tiveram oportunidade de se manifestar e ouvir as respostas do Poder Público para as suas principais reivindicações. Um trio elétrico interrompeu a via para que o evento transcorresse sem nenhum problema.
Todas as Secretarias e órgãos do Poder Público que tem relação com o homem a mulher do Campo receberam antecipadamente a pauta da Comissão de Negociação, formada pelo presidente da Fetag, Liberalino Ferreira de Lucena, e representantes de várias microrregiões do estado.
Segundo o presidente da Fetag, Liberalino Lucena, a luta dos trabalhadores é por melhores condições de convivência no campo. “Esperamos receber das autoridades respostas concretas para problemas graves enfrentados pelo homem e a mulher do campo. Enfrentamos há 5 anos, uma das maiores secas que a Paraíba já atravessou, nos últimos 50 anos. Não dá para continuar como estamos. Necessitamos que as políticas públicas, que já existem, e outras medidas cheguem de fato até aos trabalhadores e trabalhadoras rurais”.
“Temos ainda outros problemas gravíssimos, como a falta de segurança na Zona Rural, com assassinatos constantes, que não são sequer investigados, a violência contra mulheres e idosos. Realizamos o 1ª Grito da Terra Paraíba, em 2013, e infelizmente já alertávamos para a maioria destas questões, mas pouca coisa mudou”, afirmou Liberalino.
O secretário da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento do Semiárido, Lenildo Dias de Morais, participou do evento e assegurou que o Estado tem feito ações em defesa do homem do campo em vistas à convivência com a seca. Lenildo disse que serão construídas milhares de barragens subterrâneas por todas as regiões da Paraíba e em relação à violência, o secretário garantiu que fará gestão junto ao secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima, para que implemente programa para inibir ações criminosas contra os trabalhadores como ampliação da patrulha rural.
No encerramento do evento foi servido um almoço de confraternização, ao som de um trio de forró pé de serra, e sorteio de cerca de 100 prêmios, entre eles: liquidificadores; botas campeiras; cavadeiras/covadeiras; enxadas; sanduicheiras; cestas básicas; etc
Sobre a Pauta – Uma das maiores pautas, foi apresentada a Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap). Mas as reivindicações são destinadas também à Assembleia Legislativa, e a várias Secretarias e orgãos, como as Secretarias de Segurança e Defesa Social; Mulheres e Diversidade Humana; Projeto Cooperar; Incra; Conab; Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); entre outros
Resgate – O 1º Grito da Terra Paraíba foi realizado em 2013, ocasião em que se comemorava os 50 anos da Fetag-PB e o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora Rural no Estado (25 de julho). Mais de 5 mil Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais paraibanos atenderam ao chamado da entidade e foram às ruas da Capital. Uma Comissão foi recebida pelo Governador Ricardo Coutinho e pelo presidente da Assembleia. Cerca de 180 Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTRs) se mobilizaram e trouxeram suas caravanas para participar do evento.
