Uma história que seria digna de um roteiro de cinema. É o que envolve a prisão e a fuga do detento Allan Junior Fernandes, preso por suposto crime de estelionato em agosto do ano passado.
Em maio deste ano, o detento fugiu da Cadeia Pública de Solânea, Brejo da Paraíba, onde estava recolhido. A fuga contou supostamente com elementos ainda não bem esclarecidos, como uma possível ajuda de agentes e do diretor da unidade prisional. Agora, surgiram novos indícios. Allan teria fugido com Ana Cristina de Oliveira, uma mulher de 28 anos, residente na cidade de Soledade, no Agreste Paraibano. Junto com eles, foram os dois filhos de Ana. Devido a isso, a mãe de Ana, Maria de Lourdes, denuncia que a filha sumiu.
“Ela conheceu ele pela internet e eu disse: filha não se envolva com alguém pela internet não. Ela me perguntou o que um delegado federal poderia fazer contra a gente. Ela disse que ele é para defender a nação. Aí ele ligava para ela com videochamada, vendo e ficava com os policiais passando por ele, com os pés em cima da mesa e conversando com ela, comigo. Ele tinha uma arma e uma camisa preta com o símbolo da federal e dizendo que era policial federal”, disse ela à TV Correio
Segundo Maria de Lourdes, Allan chegou a ir à casa dela, em Soledade. “Ele ficou lá em casa, tomou café, foi numa lanchonete perto que é de uma prima minha, comprou pizza e refrigerante, jantou, ficou conversando comigo e meu esposo. Ficou andando rodando o revólver dentro do dedo, dentro de casa. Aí eu pedi para ele guardar a arma e ele ficou só rindo”, afirmou.
Fuga da prisão
Somente depois do sumiço da filha, foi que a família percebeu que ele era fugitivo da cadeia de Solânea. A fuga ocorreu no dia 17 de maio. De acordo com o Delegado Diógenes Fernandes, da Delegacia Seccional de Solânea, foi Ana Cristina que foi buscar Allan no dia da fuga na cadeia.
“Essa moça, que é de Soledade, foi a que veio pegá-lo num Chevrolet Onix vermelho na noite que ele disse aos plantonistas que iria ao motel e foi liberado para isto, e foi ela quem o pegou. Ela, inclusive, poderá ser indiciada por favorecimento pessoal porque veio dar um apoio a um criminoso que estava recluso. Não só foi a primeira vez que ela foi à cadeia e ela estava indo buscar um apenado. Essa história, de delegado federal, ele cria mais para a família dela, e não para ela. Com o tempo, ela pode ser constrangida ou até violentada, mas ate o momento não temos nenhuma informação, nem indício disso”, falou.