No mês de conscientização da importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, o chamado ‘Outubro Rosa’, a estrutura de saúde pública na região do Brejo padece há mais de 3 anos sem assistência às mulheres que necessitam de atendimento especializado por falta de funcionamento do mamógrafo existente no Hospital Regional de Guarabira.
O Governo do Estado, desde o final da gestão do governador Ricardo Coutinho, adquiriu um moderno mamógrafo, de tecnologia de ponta, mas o equipamento está parado numa sala e sem nenhuma serventia, sendo depreciado com o passar do tempo. As mulheres que precisam fazer mamografia têm que pagar caro pelo exame ou enfrentar filas longas em unidades de saúde de João Pessoa que atendem pelo SUS.
O governo de João Azevedo está perto de completar 3 anos e não conseguiu colocar em funcionamento o mamógrafo, que depende de outro equipamento, o CR, que integra a radiologia computadorizada.
Para a realização do procedimento, o chassi é exposto à radiação e, em seguida, passa pela digitalização em um aparelho de scanner. É nesse momento que é gerada a imagem na tela do computador, a qual ainda pode sofrer ajustes relacionados ao tamanho, brilho e contraste, entre outros.
Sem esse CR, aparelho de revelação de imagem, que converte a imagem em digital, é impossível um diagnóstico preciso e por não ter esse equipamento centenas de exames ou até milhares deixaram de ser realizados, retardando o tratamento e pondo em risco muitas vidas.
No Brasil, 80% dos diagnósticos de câncer de mama ocorrem em estágios avançados, e esse cenário é pior para mulheres com baixa escolaridade que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS).