A prefeita de Mulungu, Darc Bandeira (PSB), fez uma avaliação de sua gestão durante entrevista concedida à Rádio Constelação FM de Guarabira, na manhã desta quarta-feira (25). Durante uma hora e meia, Darc respondeu a perguntas de ouvintes e dos apresentadores do Jornal da Manhã.
Questiona a respeito de como encontrou a prefeitura, deixada pelo ex-prefeito José Leonel de Moura, Darc traçou um cenário de caos administrativos. O prefeito anterior deixou o município com débitos estratosféricos, o que emperra a capacidade de investimentos da gestão atual.
No relato feito pela prefeita, Leonel deixou com herança débito superior R$ 8 milhões com títulos precatórios, a nona maior dívida pública da Paraíba; R$ 1 milhão com a Energisa; R$ 481 mil com a Cagepa; R$ 400 mil de débitos com a Caixa econômica Federal de empréstimos consignados de servidores, recolhidos pelo executivo, mas sem o repasse para o banco; débitos com operadoras de telefonia celular e salários e 13º salário de funcionários em atraso.
A prefeita disse que está dialogando com os professores que estão com salários de novembro em atraso e outras categorias, mas que não encontrou ainda uma saída para honrar o pagamento. “O comprometimento da arrecadação com folha de pessoal é grande e se tirarmos para pagar os atrasados não temos como manter os salários atuais em dia. Nosso desejo de pagar o que encontramos em atraso é grande, mas infelizmente ainda não foi possível”, lamentou a socialista.
A pesar do estrangulamento financeiro vivido pela Prefeitura, Darc falou que vem aos poucos buscando equilibrar os cofres com muito sacrifício. “Já conseguimos recuperar mil e duzentos metros quadrados de calçamento e vamos melhorar os que ainda estão esburacados. Garantimos transporte escolar para as comunidades rurais e merenda escolar de qualidade para os alunos. Mantemos em funcionamento quatro equipes de PSF e o Centro de Especialidades Odontológicas, com profissionais da área; estamos com dificuldade de material ainda para o CEO por causa de entraves na licitação, mas nossa equipe já está resolvendo essas pendências”, assegurou a gestora.
Darc também garantiu que irá recuperar todas as estradas da zona rural que estão praticamente intrafegáveis. “Quem mora no Sítio Pedras pode confirmar que há 12 anos não passava uma máquina na estrada e já mandamos recuperar, assim como no Castro; vamos passar a máquina primeiro na rota aonde os ônibus de estudantes trafegam e depois nas outras estradas”, revelou.
A gestora ainda disse que nos próximos dias será iniciada a construção de uma escola com seis salas de aula, proveniente de assinatura de contrato com o governo do estado, dentro do Pacto pelo Desenvolvimento Social do Estado.
Emancipação política
Darc convidou a população e políticos do Brejo para participar das comemorações dos 54 anos emancipação política de Mulungu que transcorre nos dias 27 e e 28 de setembro, sexta e sábado, respectivamente.
Programação:
Sexta, dia 27
05:00h – Alvorada com a Banda Marcial Duque de Caxias
08:00h – Programação Esportiva
09:00h – Missa em Ação de Graças
16:00h – Solenidade de Apresentação do Hino e Brasão do Município/Local: Câmara Municipal
18:00h – Shows no palco do Brega:
Altomir Nascimento; Forrozão; Tércio Luís
22:00h – Shows no palco principal: Bem na Massa; Forrozão Karkará; Deijinha de Monteiro.
Sábado, dia 28
17:00h – Peça: Lenda, a origem de Mulungu (Grupo Teatral Raízes da Terra)
18:00h – Shows no palco do Brega
22:00h – Shows no palco principal: Marinísio Show; Nego Manta; Márcio Cuiabá; Coninha e Beto do Sax; Joesley pra Dançar; Forró de Saia; Tom Oliveira.
Rompimento com Leal
Perguntado sobre a convivência política com o ex-prefeito Achiles Leal, com quem machou junto nas últimas eleições tendo seu filho, Fernando Leal, como vice na chapa, Darc revelou que a divergência foi motivada por quebra de compromisso de aliado em relação a votação na antecipação da eleição de presidente da Câmara. “Conversamos com o ex-prefeito Achiles, com a vereadora Neide, com Clóvis e disse mos que se votasse naquele momento pela antecipação poderia se considerar na oposição. Quando foi depois aconteceu o voto de Neide pela antecipação e aí não tem como recuar da decisão escolhida por ela e seu esposo. Não é porque foi Teinha, mas poderia ser qualquer um. Se eu não pude contar com ele e sua esposa naquele momento de dificuldade, quando eu poderia contar?”, indagou a prefeita”.
