Lançado no final do mês passado, o livro “Um Peito Cheio de Histórias”, escrito por Rosana Porpino, esposa do empresário e ex-presidente da Câmara de Guarabira, Lucas Porpino, recebeu crítica elogiosa de dos mais importantes escritores da Paraíba e do Nordeste, o crítico literário e dramaturgo W.J. Solha.
Leia:
PENSE NUM BELO, HUMANO, DESPOJADO, AUTÊNTICO, PURO, CORAJOSO, PERFEITO LIVRO: “UM PEITO CHEIO DE HISTÓRIAS”, de Rosana de Almeida Aires Porpino, personagem central deste flagrante tirado quando ela estava na fase da quimioterapia – beijada pelos pais – Dona Amélia dos intensos olhos azuis, e Dr. Sebastião Aires de Queiroz, médico de minha família durante anos. Veja a cena da página 26, com esses três:
– “Aí veio uma das tarefas mais difíceis que eu deveria enfrentar: dar a notícia aos meus pais. Dar a notícia às pessoas que considero mais importantes na minha vida. Procurei passar toda a confiança que eu tinha.”
Mas
“vi a hora que mainha saiu, de fininho, com a desculpa de pegar alguma coisa no quarto e depois painho, que foi ao banheiro. Fingi que não percebi, mas vi quando voltaram, com os olhos vermelhos, de um choro que não podiam mais segurar. E eu quieta, segurando o meu.”
Dr. Sebastião.
Muito católico. Sempre o considerei, e ao Dom José Maria Pires, como os dois únicos homens cuja santidade conheci de perto. E olha que não sou nem um pouco religioso. Daí emoção ampliada com que li, na página 47, quando Rosana conta, sobre o dia de sua operação:
– “Soube que meu pai, médico pediatra e do trabalho, solicitou permissão para entrar na sala de cirurgia e lá permaneceu, durante boa parte do procedimento. Depois ele mesmo descreveu a barra pesada que foi”.
Como Dr. Sebastião faria, ela reconta em versos:
-“Todos que estavam ali / ficaram admirados. / hoje contam essa proeza, / de modo entusiasmado.// Viram o forte coração / de um médico, octogenário, / olhando ali a sua filha, / num momento temerário. // Meu painho querido, / tenho certeza, você rezou, / pedindo pra mim proteção / e alívio de qualquer dor. // Para mim, tu és exemplo / de compaixão e amor, /humildade e assistência, / proteção e, a Deus, louvor”.
Cheio de VIDA.
“UM PEITO CHEIO DE HISTÓRIAS” é isso. Por que ROSANA DE ALMEIDA AIRES PORPINO o escreveu? Porque “tenho medo / e meu medo é tanto /que me assusto e canto”.
O livro é realmente BELO, muito HUMANO, altamente DESPOJADO, extremamente AUTÊNTICO, absolutamente PURO, incontestavelmente CORAJOSO.
PERFEITO!
W.J. Solha – crítico literário e dramaturgo