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Home Colunistas

Amor urgente

10 de agosto de 2015
em Colunistas
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 calcinha                                                                                                                                                                              Por Alexandre Henriques
 
Tinha acabado de ouvir a canção popular. Quando caminho, por hábito,  ouço música e converso com os meus botões.  Com o auxilio do celular, fiz a foto. A musica e a imagem me fizeram viajar na imaginação. “Amaram o amor urgente…”, diz o primeiro verso da letra de “Mar e Lua” de Chico Buarque. Por certo o amor era inadiável mesmo.  Tal foi a urgência que a peça íntima foi parar ali,  enganchada em uma das farpas do arame da cerca, como uma bandeira, “…documentando que alguém foi feliz…”, talvez. Mas ai, o verso já é de outra canção, igualmente bela:  “Lembra de Mim”, de Ivan Lins, que fala em “… beijos escritos nos muros a giz…” e que “…os mais bonitos continuam por lá…” , como a calcinha, a tremular no arame da cerca.
A caminhada, desta vez, foi feita pela rua que serve de istmo entre Guarabira e o conjunto  o Mutirão. Há algum tempo o velho Mutirão ganhou a dimensão peninsular.  Quiçá, em breve, venha a ser  integrado ao continente Guarabira. Por enquanto a rua istmo continua banguela de casas, com uma construção aqui outra ali.
No inicio da jornada, antes do primeiro aclive, o caminhante precisa usar um pouco de técnica de mergulho, ou seja,   prender a respiração e vencer a passagem pelo esgoto  lançado  a céu aberto por uma indústria ração instalada na área. Vencido este obstáculo, vem a recompensa. Do alto do platô dá para divisar as belas serras que circundam Guarabira, mais belas ainda em função do verde molhado  desta época do ano.
Minha caminhada musical e quase diária tem evoluído. Perdeu há muito a condição de  modismo ou de obrigação, passando  a ser exercida como necessária, mas, acima de tudo, prazerosa. Nela marco encontro comigo mesmo. Pretendo alça-la ao status de vício.
Desenvolvi, ao longo dos últimos quinze anos, algumas técnicas especiais nesse particular. Prefiro um caminhar silente, para economizar o fôlego nas subidas e, dependendo  do emparelhado,  os ouvidos,  tanto subindo quanto descendo.
Apesar das cautelas, quando a caminhada se dá no calçadão da praça, à tardinha, vazam pelos tampões dos fones de ouvido as sessões da câmara municipal, reproduzidas pela rádio de poste da cidade. O dispêndio, neste caso, passa a ser de paciência.
Mesmo usando fones de ouvido não faltam os que, já parecendo íntimos, liberem  o veneno: “observei que você caminha todo dia, mas pelo visto não perde um quilo…” e completam de forma perversa “…se não fechar a boca, principalmente para a  cerveja, a caminhada não vai adiantar de nada…” . Dou uma parada, finjo que o cadarço desamarrou e me curvo para conferir, na esperança  de que o falante siga sua jornada. Para meu desencanto, ele responde educado “Pode amarrar o sapato que eu espero.”
Muitas vezes seguem a debulhar um verdadeiro colar de pérolas que vai esbarrar  na prescrição de algum substância, adquirida através da Internet e que já fez com que o (já se sentindo um) atleta perdesse 5 quilos em 15 dias. Após a prescrição em um guardanapo da lanchonete, o candidato a maratonista  ainda tem o topete de dizer, “tome que é  tiro e queda”.
Mais adiante, dou de cara com o carro adesivado da moça da Herba Life (quase uma seita) fazendo  sua panfletagem. Ela me dá um papelzinho com o convite para tomar um tal shake. Recebo por educação, agradeço e amasso-o até transformá-lo numa bolinha miúda para, mais adiante, jogá-la na primeira lixeira.
Os mais ciosos, porém não menos expertos, tão professorais quanto os primeiros, me indicam um “endo”.  Mais tarde vou saber que o  “endo”, na verdade,  é um endocrinologista da moda.
Neste particular me valho da minha própria experiência. Fiz uma consulta com um deles. O tal “endo” cobra R$ 300,00  por consulta, embora  você tenha que ter pelo menos R$ 500,00 no bolso. É que, durante a consulta, ele lhe convence a tomar umas injeções na barriga e  lhe põe uns brincos grudados nas orelhas. Enquanto isso, visita mais uma vez seu bolso, levando R$ 200,00 restantes, como pagamento pelos tais brincos e injeções. Que não se zanguem os demais  “endos”,  já que nessa especialidade, ainda há muita gente boa e séria.
O coroamento do golpe vem na prescrição.  Uma trinca de substâncias bastante apenas para 20 dias, data do retorno,  indicadas em frações do tipo: 17,5 mg de idiotamil, 15,5 mg bestamina e 19,7 de bromato de otariol, só produzidos numa farmácia  de manipulação específica,  indicada pelo “endo”, sob a justificativa de ser de confiança e de vender mais barato.
E lá vamos nós, exultantes,  para dias de muitas privações, além  de  alguns efeitos colaterais terríveis. Um deles, talvez o mais nefasto,  é o que diminui a libido, mexendo com a urgência do nosso amor.
O amor  próprio talvez seja a maior de todas as nossas urgências, como urge a multiplicação de mais  espaços planejados e seguros para a pratica da caminhada nossa de cada dia, ela que, ao aumentar a nossa existência no plano físico, acaba por tirar o sono dos atuariais.
Alexandre Henriques

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